Principais autores que tratam sobre a importância do brincar no ensino fundamental

Adriana Friedmann


Pedagoga, doutora em Antropologia pela PUC/SP e mestre em Metodologia do Ensino Pela Unicamp, professora, consultora e pesquisadora especialista na área da infância e do brincar. Coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Simbologia, Infância e Desenvolvimento e co-fundadora da Aliança pela Infância.
É autora de O desenvolvimento da criança através do brincar (Moderna, 2006), O universo simbólico da criança (Vozes, 2005) e A arte de brincar (Vozes, 2004

Leontiev - Psicologia e Pedagogia Russa

 
Alexei Nikolaevich Leontiev  (1903 - 1979) foi um psicólogo russo. A partir de 1924, depois de graduar-se em Ciências Sociais, aos vinte anos, Leontiev passou a trabalhar com Lev Vygotsky.
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Assim como os outros teóricos sócio-interacionistas (Vygotsky e Luria), para Leontiev, as teorias psicológicas veem o conhecimento em espiral, enquanto aprendizagem sócio-histórica, construída em processo dialético, através de situações-problema, de atividades complexas e relacionais, avaliada nos aspectos qualitativos de resolução e no formato coletivo de trabalho, o que rompe, definitivamente, com os critérios exclusivos de mensuração quantitativa.
O conhecimento prévio, em função do contexto sócio-cultural do aluno, de sua vida e de sua experiência sócio-cultural, é considerado, e este, por sua vez, influencia as formas e os tempos diferentes de aprendizagem dos conteúdos trabalhados e das competências construídas.
Como o domínio do conhecimento acontece em constante transformação, há uma ruptura com a lógica individualista, e o "outro" é visto como parceiro da aprendizagem, sendo estímulo ao processo de aprender, em que cada parte é integrada à composição que se interliga ao todo.
O conceito espontâneo do aluno,conhecimento não-escolar, e sua representação sobre a realidade mudam de referenciais, quando, pela interação, se constitui uma zona de possibilidade de desenvolvimento do sujeito, a partir do outro.
Luckesi (2004) acredita que a ludicidade se expande para além da ideia de lazer restrito às experiências externas, para ele:
[...] quando estamos definindo ludicidade como um estado de consciência, onde se dá uma experiência em estado de plenitude, não estamos falando, em si das atividades objetivas que podem ser descritas sociológica e culturalmente como atividade lúdica, como jogos ou coisas semelhantes. Estamos, sim, falando do estado interno do sujeito que vivencia a experiência lúdica. Mesmo quando o sujeito está vivenciando essa experiência com outros, a ludicidade é interna; a partilha e a convivência poderão oferecer-lhe, e certamente oferecem, sensações do prazer da convivência, mas, ainda assim, essa sensação é interna de cada um, ainda que o grupo possa harmonizar-se nessa sensação comum; porém um grupo, como grupo, não sente, mas soma e engloba um sentimento que se torna comum; porém, em última instância, quem sente é o Sujeito (LUCKESI, 2004, p.18).

 Kishimoto













http://portaldoprofessor.mec.gov.br/noticias.html?idEdicao=19&idCategoria=8
Kishimoto (2002) o brinquedo é diferente do jogo. Brinquedo é uma ligação intima com a criança, na ausência de um sistema de regras que organizam sua utilização. Ainda segundo o dicionário Ferreira (2003) brinquedo é “objeto destinado a divertir uma criança, suporte da brincadeira”, sendo assim ele estimula a representação e a expressão de imagens que evocam aspectos da realidade.












Biografia Henry Wallon

Henry Wallon Nasceu e viveu na França entre 1879 e 1962.
Formou-se em medicina, estudou filosofia, psiquiatria e psicologia.
Voltou-se para a educação e fez-se pedagogo estudando minuciosamente as crianças.
Wallon (1981) compreende que as etapas do desenvolvimento evidenciam atividades em que as crianças buscam tirar proveito de tudo. Os jogos comprovam as múltiplas experiências vividas pelas crianças, como: memorização, enumeração, socialização, articulação, sensoriais, entre outras.

Vygotsky













Segundo Vygotsky (1989) - um dos autores que embasam teoricamente a proposta pedagógica - o brincar cria a chamada zona de desenvolvimento proximal, impulsionando a criança para além do estágio de desenvolvimento que ela já atingiu. Ao brincar, a criança se apresenta além do esperado para a sua idade e mais além do seu comportamento habitual. Para Vygotsky, o brincar também libera a criança das limitações do mundo real, permitindo que ela crie situações imaginárias. Ao mesmo tempo é uma ação simbólica essencialmente social, que depende das expectativas e convenções presentes na cultura. Quando duas crianças brincam de ser um bebê e uma mãe, por exemplo, elas fazem uso da imaginação, mas, ao mesmo tempo, não podem se comportar de qualquer forma; devem, sim, obedecer às regras do comportamento esperado para um bebê e uma mãe, dentro de sua cultura. Caso não o façam, correm o risco de não serem compreendidas pelo companheiro de brincadeira.
Pensador importante em sua área e época, foi pioneiro no conceito de que o desenvolvimento intelectual das crianças ocorre em função das interações sociais e condições de vida. Veio a ser descoberto pelos meios acadêmicos ocidentais muitos anos após a sua morte, que ocorreu em 1934, por tuberculose, aos 37 anos.

JEAN PIAGET (1896-1980)












Filho de Artur Piaget, professor doutor de língua e literatura medievais, e de Rebecca Suzane, uma das primeiras socialistas suíças, Piaget vive sua infância e adolescência em Neuchâtel onde, aos onze anos de idade (1907), publica o primeiro relato sobre um pardal albino. Nesse mesmo ano, torna-se auxiliar de Paul Godet, especialista em malacologia e diretor do Museu de História Natural da cidade.[1] Aos catorze anos, o jovem Piaget ingressa no "Clube dos Amigos da Natureza e em 1911 escreve os primeiros artigos sobre "taxonomia malacológica" para revistas especializadas.
Foi um epistemólogo suíço, considerado um dos mais importantes pensadores do século XX.         
Estudou inicialmente biologia na Universidade de Neuchâtel onde concluiu seu doutorado, e posteriormente se dedicou à área de Psicologia, Epistemologia e Educação. Foi professor de psicologia na Universidade de Genebra de 1929 a 1954, e tornou-se mundialmente reconhecido pela sua revolução epistemológica. Durante sua vida Piaget escreveu mais de cinquenta livros e diversas centenas de artigos.          
Em 1919, viaja para Paris e começa a trabalhar no Instituto Jean-Jacques Rousseau, quando publica os primeiros artigos sobre a criança. O nascimento dos filhos (1925-1931) amplia o convívio diário com a "criança pequena" e possibilita o registro de observações que geram novas hipóteses sobre as origens da cognição humana. Durante sua estadia em Paris, Piaget conhece Théodore Simon, que o convida a padronizar os "testes de raciocínio de Cyril Burt, desenvolvidos nos Estados Unidos, experiência que lhe permitiu delimitar um campo de estudos empíricos: o pensamento infantil e o raciocínio lógico. Como resultado desse trabalho, Piaget é convidado para o cargo de coordenador de pesquisas do Instituto, função que inclui a"Maison des Petits" (Casa das crianças).
Piaget estudou acerca do desenvolvimento da criança e da importância da interação do sujeito com o objeto para a construção de conhecimento. No estágio pré-operatório onde a criança vivencia o “faz-de-conta” expressa o que sente e reproduz sentimentos através da brincadeira.
Enquanto prosseguia com suas pesquisas e publicações de trabalhos, Piaget lecionou em diversas universidades europeias. Até a data de seu falecimento, Piaget fundou e dirigiu o Centro Internacional para Epistemologia Genética. Ao longo de sua brilhante carreira, Piaget escreveu mais de 75 livros e centenas de trabalhos científicos.         
Piaget faleceu em 17 de setembro de 1980.

http://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/53974/jean-piaget-biografia#ixzz3u3VsrAVj


Maria Montessori nasceu na cidade de Chiaravalle, na província de Ancona na Itália, em 31 de agosto de 1870. Filha de Alessandro Montessori e Renilde Stoppani, Maria passou a infância em uma época de revoluções na sociedade, em um período de esperanças para os oprimidos, para os pobres e para as mulheres. Desde jovem Maria Montessori mostrou indícios de que sua vida seria diferente. Desde muito jovem Maria mostrou interesse pelas ciências biológicas e matemática, logo após concluir o ensino básico começou a cursar medicina. Esse fato causou um estranhamento na época, pois era contra a lei que mulheres examinassem o corpo de um homem, sendo assim Maria não pode exercer a profissão. Mas ela não deixou de lado o sonho da medicina e passou a cuidar de crianças com necessidades especiais na clínica da Universidade de Roma, mesma universidade onde cursou medicina. Em seu trabalho com as crianças, Maria percebeu que as crianças especiais deveriam ir para escolas e não serem internadas, ela era contra a internação dessas crianças. Essa proposta foi feita em um congresso na cidade de Turim em 1898. Maria Montessori além de ter sido a primeira médica italiana, também lutava pelas causas feministas. Participou de congressos feministas em Berlim e em Londres; foi mãe solteira em 1900, época em que isso era um tabu muito mais forte do que é atualmente. Maria faleceu em 6 de maio de 1952, aos 81 anos.


Algumas das principais obras de Maria são:
• A Descoberta da Criança (1909)
• O Método Montessori (1912)
• Desenvolvimento do Método Montessori (1917).

Fonte: http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/50820/a-vida-e-obra-de-maria-montessori.

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