Embasamento Teórico do Blog




"Segundo o ECA, a infância se estende ate 12 anos, permeando tanto a educação infantil quanto o ensino fundamental, defende-se uma concepção de criança contextualizada em sua concretude de existência social, cultural e histórica, participante da sociedade e da cultura do seu tempo e espaço, modificando e sendo modificada por elas."
O conteúdo do nosso blog é a importância do brincar no ensino fundamental, já que a mesma é uma das linguagens infantis, que frequentemente é deixada de lado assim que a criança sai da educação infantil, como se a infância durasse apenas até os cinco anos e onze meses, de acordo com a orientação normativa n1/2013, é importante que o professor, oportunize as crianças, espaço e momentos para que elas vivam sua infância que segundo o eca se estende até os 12 anos. O mesmo defende a importância do brincar que como sabemos é pouco valorizada no ensino-aprendizagem, durante a transição da educação infantil para o ensino fundamental I. A pesquisa sinaliza que, por meio das brincadeiras, instituídas inclusive em momentos em que não são autorizadas pelos professores, ocorrem consolidações de aprendizagens e interações linguísticas significativas. Temos como embasamento alguns teóricos, Brougère (2008) diz ”toda sociedade é formada por uma cultura que dispõe de diversas imagens, representações, símbolos e significados expressivos dentro de um espaço social.”  Suas fontes são muitas, sendo que uma delas é a brincadeira e suas peculiaridades. Através da brincadeira, as crianças se apropriam dessa cultura e sociedade, podendo se expressar e criar novas produções. Outro teórico que relata o brincar nas series iniciais é Vygotsky (2003) que diz a brincadeira favorece a criação da Zona de Desenvolvimento Proximal, pois ao brincar a criança constrói conhecimento, se apropriam das regras da sociedade, representa papeis, testam hipóteses. A brincadeira a qual Vygotsky se refere é a de faz-de-conta ou de papéis sociais. A zona de desenvolvimento proximal (ZDP) é um espaço dinâmico de aprendizagem, que de acordo com as ideias de Vygotsky, “implica a relação entre o nível de desenvolvimento real – determinado pela capacidade de solução de problemas de modo independente – e o nível de desenvolvimento potencial – em que se encontram as funções psicológicas em processo de amadurecimento, potencialmente emergentes, mas ainda não suficientemente consolidadas.” Ao refletirmos sobre a situação observada acima, constatamos que na brincadeira de faz-de-conta a criança cria situações imaginárias, podendo se deslocar de um lugar para o outro, transitar por diferentes papéis e tramas, dessa forma desenvolver o seu pensamento abstrato. De acordo com os estudos de Araújo (2008), o fato dos professores indicarem brinquedos para o momento das brincadeiras livres constitui-se como elemento mediador entre as ações das crianças. Essa autora discute que a criança reage diante dos estímulos de um brinquedo, pois podem ser usados de diferentes maneiras, dentre elas para brincar e afirma que “quem brinca é capaz de improvisar elementos de seu ambiente, buscando novas significações”. Araújo (2008). A mesma autora aponta, ainda, ser de fundamental importância o papel do adulto como mediador nas interações lúdicas das crianças, “o papel de observador atento às situações lúdicas das crianças também é um rico momento em que o professor obtém valiosas informações sobre as crianças e seu universo”. Araújo (2008) Outro teórico que ressalta Wajskop (2007) ao dizer que “[...] faz-se necessário apontar para o papel do professor na garantia e enriquecimento da brincadeira como atividade social da infância”. Afirmativa que nos permite sustentar a defesa de que o professor precisa criar maiores espaços lúdicos e de interação dentro e fora da sala de aula, para que os alunos possam desenvolver aspectos cognitivos e afetivos através da brincadeira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário